sábado, 31 de dezembro de 2011

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Minhas queridas e leais leitoras!
2011 chegando ao fim, e meus planos de concluir o web romance Leis do Destino foram por água abaixo rsrs.
Essas personagens tem vida própria acreditem!
Quando eu penso que 5 páginas são capazes de descrever a trajetória delas em um capítulo, elas batem o pé e exigem mais, fazer o que né? A primeira fase tem quase 500 páginas no meu word, a segunda fase já passou das 100 páginas e ainda falta tanta coisa na minha cabeça pra definir o destino dessas duas...ai ai

O título do post de hoje é a mensagem que o bloger me dá quando tento atualizar as páginas da primeira e segunda fase da página Leis do Destino. Já mandei e-mail para o site gente, mas não obtive resposta, blogueiras de plantão se puderem me ajudar com isso desde já agradeço.

Assim, os capítulos novos de ambas as fases serão postados aqui na página principal até eu deixar de apanhar nas postagens rs e voltar a organizar direitinho na página ok?

Quero aproveitar para desejar um 2012 iluminado para todas vocês que me acompanham sempre na moita ou no meio da galera. De coração, desejo tudo que positivo para esse ano novo: paz, saúde, esperança, alegria, prosperidade, e muito amor.

Esse ano promete, conto com as boas vibrações e orações de todas para os novos projetos que quero iniciar e compartilhar com vocês no momento certo.
Grande beijo minhas queridas, até próximo ano!

Capítulo 9 - Leis do Destino 2ª fase

2.9 Loco dolenti
No lugar dolorido.

            Os rituais de despedida de Alice Toledo foram torturantes especialmente para Diana que nutria a inconformação e a revolta pela morte da mãe e pela culpa do pai. Não suportou ficar na sua casa em Campo Grande, preferiu se hospedar com Rosana na casa de sua tia Alda.

- Minha querida, precisamos voltar para Nova Iorque.

- Vou ficar mais alguns dias Rosana.

- Meu bem, não vou deixar você sozinha aqui.

- Honey eu preciso ficar, minha mãe deixou um testamento, preciso ficar para a abertura, e eu tenho algumas questões para resolver com o senhor Acrisio Toledo.

- Agora mesmo é que não volto sem você! Ficamos até a leitura do testamento, depois partimos.

- Minha querida, você tem seus compromissos lá, não quero que se prejudique por minha causa.

- Eu já disse que vou ficar com você.

            E assim, Diana e Rosana permaneceram no Brasil, apressando a leitura do testamento de Alice Toledo.

            No maior escritório de advocacia do estado, a família Toledo Campos se reuniu para conhecer a vontade de dona Alice na distribuição de seus bens que não eram só aqueles que seu marido dividiu com ela, uma vez que, Alice vinha de uma família rica que tratou de proteger a herança da filha antes do seu casamento com Acrisio, fazendeiro rico mas sem a menor tradição familiar.

            O encontro entre Diana e o pai foi ainda mais tenso do que os momentos que sucederam a morte de Alice. A animosidade só se intensificou depois da abertura do documento no qual Alice dividiu seus bens entre seus filhos e sua irmã, deixando a maior parte para Diana, prevendo que a filha não aceitaria o dinheiro do pai se um dia precisasse.

- Agora você pode desprezar meu dinheiro minha filha. Sua mãe te fez uma mulher rica.

            Acrisio abordou Diana na saída do prédio.

- Faz muito tempo que não uso seu dinheiro sujo. – Diana tentou ignorar o sarcasmo do pai.

- Ah, então finalmente sua brincadeirinha de bater foto está rendendo uns trocados? Americano gasta muito dinheiro com bobagens mesmo...

- É realmente querer demais de alguém como você entenda algo além de corrupção e exploração. Meu trabalho está sendo reconhecido mundialmente, até pela Casa Branca, isso orgulharia um pai, mas isso você nunca foi mesmo, assim, não faz diferença.

- Agora não sou seu pai, agora você me diz isso, mas quando precisou, foi ao colinho do papai corrupto e explorador que você recorreu não é?

- Só fiz isso uma única vez, por alguém que eu amava que você deu seu jeito de nos separar, não bastasse isso, me separou da minha mãe até na hora da morte dela!

- Ah para de melodrama Diana, desde pequena você tem esse talento pra atuação! O que você faria aqui? Sua mãe estava inconsciente, você aqui não mudaria nada.

- Era meu direito! – Diana gritou chamando atenção de quem passava.

- Fale baixo! O que você quer? Outro escândalo? Já não basta o que estamos atravessando?

- O que EU estou atravessando é uma dor imensurável, eu perdi a minha mãe, o que você está passando é uma derrota nas urnas e os muitos processos dos quais você é culpado, porque você é um criminoso! Está colhendo o que plantou!

            Acrisio apertou os olhos e levantou a mão contra Diana que não se moveu, travando uma luta com o pai só pelo olhar.

- Você acha que eu não estou sofrendo? Eu acabo de perder a mulher da minha vida! Quem você acha que é para vir tripudiar sobre a minha dor julgando que a sua perda é maior que a dos outros?


- Por sua causa também perdi a mulher da minha vida esqueceu? Além do mais você é responsável pela doença de minha mãe, responsável pela morte dela. Quantas vezes eu a ouvi te pedindo para não envolver o Danilo e o Douglas no seu jogo sujo de poder, e você a enganou todas às vezes!

- Seus irmãos fazem aquilo filhos devem fazer pelos pais! Ficam ao lado da família! Coisa que você não considera. Prefere envergonha-nos com esse comportamento pecaminoso!

- Ora quem é você para falar em pecado?!

            Alda interveio notando os ânimos se acirrarem.

- Vocês dois parem já com isso! Diana, vamos embora!

            Antes de deixar o prédio com a tia, Diana declarou:

- A hora de você pagar por todo mal que fez as pessoas está chegando senhor Acrisio Toledo, e eu quero testemunhar esse evento.

            Acrisio não se intimidou com as palavras da filha, o que despertou a certeza em Diana de que a velha raposa guardava um trunfo que o livraria do montante de acusações às quais ele era alvo.

- Você não devia desafiar seu pai assim Diana.

            Alda falou ainda nervosa no caminho de volta para casa.


- Permaneci omissa por muito tempo tia. Suportei os desmandos de meu pai para não entrar em atrito com a mamãe, agora é minha obrigação fazer algo para freá-lo antes que ele destrua mais vidas.

- Minha querida, o que você espera com essa vingança?

- Não é vingança Tia Alda. É senso de justiça.

- Pois eu digo que você devia seguir sua vida, voltar para Nova Iorque, isso faria sua mãe feliz. Ela tinha tanto orgulho de você, continue orgulhando-a. A justiça vai dar um jeito no seu pai sem que você precise fazer nada contra ele. As pessoas estão cansadas de políticos como ele, o Brasil está mudando Diana, a prova é que mesmo com todo dinheiro e poder de Acrisio, ele foi derrotado nas urnas de novo!

            Diana refletiu no conselho da tia, e quando encontrou Rosana à sua espera no quarto, concluiu que Alda estava certa, por mais que lhe custasse, aceitou que iniciar uma guerra com seu pai não faria sua mãe feliz.

- Pronto minha querida, podemos voltar à Nova Iorque.

            Rosana acolheu a namorada no colo, acariciando seus cabelos.

- Você está bem?

- Vou ficar bem, com você do meu lado, vou ficar sim.

- Podemos ir hoje mesmo?


- Acho que só amanhã meu bem. Os advogados estão ajeitando a papelada toda me dando posse dos bens que a mamãe me deixou, e quero deixar uma procuração pra tia Alda, ela vai entregar para a mesma empresa que administra os bens dela administrar os meus também.

- Tudo bem, vou reservar nossas passagens então.

- Honey, eu preciso ir à casa de minha mãe antes de partirmos. Quero levar algo dela comigo.

- Algo em específico?

- Algo que tenha o cheiro dela, adorava o perfume de minha mãe...

- Entendo minha querida, você quer que eu vá com você?

- Obrigada meu bem, mas quero fazer isso sozinha. Vou aproveitar que meu pai não está em casa essa hora.

            No quarto de sua mãe, Diana se perdeu nas lembranças que as roupas, as fotos, os aromas dos perfumes e cremes de sua mãe lhe traziam. Abraçou-se a um dos casacos de dona Alice e chorou sua saudade.

            Ao sair da mansão de seus pais, Diana ouviu os berros do pai no escritório, relembrou seus tempos de adolescente, nos quais se esquivava pelas cortinas para ouvir as discussões de Acrisio com seus compassas. Atraída pela curiosidade remontou seu hábito da adolescência quando seu pai gritava com seu irmão mais velho:

- Agora toda semana é isso? Mas que diabos! Quantos mandados ainda vão expedir? Você não me disse que aquele delegadozinho filho de uma égua foi transferido? Não colocaram um dos nossos no lugar dele?

- Não sei que é o substituto, mas não é dos nossos, pelo menos por enquanto.

- Isso mesmo, por enquanto! Por que todo mundo tem seu preço, descubra o dele. E ah! O que descobriram sobre a tal promotora?

- Descobrimos algo valioso. Não tínhamos associado esse nome a pessoa pai. Mas Natalia Ferronato é aquela talzinha que namorou a Diana anos atrás, aquela que o senhor mandou levantar a ficha dos pais dela, que são do interior de São Paulo.

- Não me diga!

- Pois é, assumiu há pouco tempo o cargo, dificilmente vai aceitar nossas ofertas, deve estar querendo visibilidade em um caso grande como esse.

- Se não conseguirmos trazê-la pelo nosso lado oferecendo vantagens, conseguimos de outra forma.

- Vai usar o que tem contra o pai dela?

- Sim claro, e também aquele material que apreendemos com aquele rapaz, aquelas montagens e fotos, com a internet conseguimos fácil desmoralizar essa sapatão. E se não funcionar, providencie algo mais definitivo para calar a boca dela de uma vez por todas.

            Diana sentiu o chão se abrir, o ar faltar e por pouco não soltou o que trazia nas mãos, tamanha a surpresa que tivera ao ouvir o nome de Natalia envolvido nas denuncias contra o pai e o que era pior: em perigo mais uma vez por estar na mira de Acrisio.
********

            Miriam não se habituava a homossexualidade da roomate, com a continuidade do seu namoro com Eduarda isso começou a incomodar Natalia, uma vez que Miriam sempre reagia mal quando sua namorada lhe visitava. Tal fato limitou a presença de Eduarda ali, mas, naquele dia, a empresária decidiu aceitar o convite de Natalia e dormiu em seu quarto com ela.

- Ai Nat não fico à vontade aqui.

- É eu notei, você segurou até seu grito quando te fiz gozar né?

            Eduarda ruborizou, lançando o travesseiro contra a namorada.

- Isso você sabe que não seguro mesmo!

- E eu adoro isso...

            Natalia jogou seu corpo sobre o da namorada roçando seus lábios no pescoço de Eduarda.

- Amor não faz isso... Não resisto...

- Quem disse que é pra resistir?

- Sua colega vai virar lésbica por osmose...

- Ou por que está nos ouvindo e deve imaginar: mulher deve ser muito bom porque o que essas duas tem de orgasmos...

            As duas sorriram maliciosamente colando ainda mais os corpos naquele roçar e quando a entrega era iminente, o celular de Eduarda tocou.

- Não atende Duda...

- Preciso atender Nat.

            Natalia se sentou emburrada enquanto Eduarda concluía a ligação rapidamente.

- Amor, preciso do seu notebook, tenho que fazer uma transferência agora para conta de meu pai.

- Mas agora?

- Amor...

- Está na escrivaninha, pegue. Vou tomar banho!

            Eduarda sorriu com a birra da namorada, e pegou o laptop dela a fim de cumprir sua tarefa imediatamente intencionando encerrar a chateação de Natalia surpreendendo-a no banheiro. No entanto, acidentalmente ao salvar a imagem do comprovante de transferência, Eduarda abriu a última imagem salva nos arquivos, encontrando a foto de Diana.


            O banho de Natalia foi tempo suficiente para Eduarda estimulada pelo que encontrara, invadisse a privacidade da namorada e vasculhasse o histórico de sites visitados. Para sua decepção, encontrou uma vasta lista de notícias e imagens que envolviam o nome de Diana Toledo.

- Terminou sua tarefa urgente?

            Natalia surgiu envolvida em uma pequena toalha. Eduarda não respondeu encarando a namorada seriamente. Natalia se aproximou dela provocando-a, mas Eduarda não mudou sua fisionomia, atiçando a curiosidade da outra.

- O que foi? Ainda tem coisa melhor a fazer do que puxar essa toalha e fazer amor comigo?

            Eduarda virou o notebook exibindo a foto de Diana ampliada.

- Você pode me explicar isso?

            Natalia não escondeu sua perplexidade, e não conseguiu responder.

- É esse o motivo de tanto empenho para prender Acrisio Toledo? Sua vingança pessoal por ele ter te separado da filha dele?

- Não Duda, claro que não!

- Não? Por que você não me disse então que a Diana que você tanto chama em sonhos é a mesma Diana, a fotógrafa famosa, filha do ex-senador Acrisio?

- Pra evitar essa sua desconfiança descabida que você está tendo agora!

- Desconfiança descabida? Encontrei essa foto no seu notebook, e um histórico de pesquisa sobre a vida de Diana Toledo, o que foi Natalia, deu saudade do seu amor de faculdade?

- Você o que?

- Isso mesmo que você ouviu: vi seu histórico de páginas visitadas, e encontrei a vasta pesquisa que você fez sobre a vida de sua ex-namorada.

- Você não tinha esse direito de invadir assim minha privacidade.

            Natalia furiosa deu as costas à Eduarda.

- Acha que vai fugir pela tangente assim? Eu quero uma explicação Natalia, você me deve isso.

- Por que você não vasculha mais aí no meu notebook? Quer as minhas senhas? Aproveite e procure no meu celular também, tome!

            Natalia jogou o celular na cama e bateu a porta do quarto. Eduarda recolheu suas coisas, vestiu-se e deixou o apartamento da promotora, sem se despedir, a personalidade e a formação da empresária não tolerava discussões do tipo e principalmente aquela atitude que tomara de invadir a privacidade de suas parceiras, sentiu que estava perdendo o controle e a razão naquela circunstância e isso lhe apavorou.

            A promotora por sua vez experimentou a culpa e o remorso por ter mentido e escondido fatos importantes da empresária que sempre abusou da honestidade com ela. Martirizou-se por estar convicta que magoara Eduarda, mas como cabeça dura que era hesitou em procura-la, especialmente porque não sabia como justificar sua atitude, nem muito menos como mentir sobre a foto de Diana em seu computador.
********

            Diana ficou aturdida com o que escutara. Fugiu da mansão dos pais como se acabasse de descobrir um segredo de segurança nacional. Estava tomada não só pela surpresa da notícia sobre Natalia que recebera, mas, sobretudo, estava tomada por um temor descomunal pela vida de sua ex-namorada.

            As memórias que tinha de Natalia invadiram seus pensamentos com a intensidade que Diana não estava preparada. O rosto, a voz da ex-namorada surgiu para a loirinha de uma maneira tão vívida que Diana desejou abraça-la. Imaginar Natalia como alvo das atrocidades do seu pai angustiou Diana o suficiente para fazê-la tomar uma importante decisão, que ela comunicou a Rosana quando retornou à casa da tia.

- Di, comprei nossas passagens para depois de amanhã.

- Eu não vou Rosana, ficarei mais alguns dias.

- Por quê? O que houve? Algum problema com a procuração?

- Não... Surgiu outro problema...

            Diana desviou o olhar, e isso Rosana sabia o que significava: Diana escondia algo.

- Di? Que problema?

- Nada demais, umas coisas do meu pai...

- Diana Toledo!

            Rosana segurou o braço de Diana obrigando-a a encará-la.

- A promotora que está à frente das denúncias contra meu pai é Natalia, e agora ela está em perigo, preciso fazer algo para impedir que ele a machuque, a prejudique.

- Você vai ficar no Brasil para enfrentar seu pai para proteger a Natalia?

            Ouvir o resumo dos fatos da pela boca de Rosana denotou o ciúme da namorada e a dimensão do que aquilo representava para o relacionamento delas para Diana.

            Rosana contentou-se com o silêncio de Diana como resposta à sua pergunta. A cantora deixou o quarto, como se precisasse se esquivar do desconforto daquela armadilha do destino em aproximar Diana e Natalia mais uma vez.