segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DEZ MANDAMENTOS LÉSBICOS


1 – Não quererás ser um homem, haja vista que se os repugna, não podes torna-se igual a ele.

2 – Não terás um homem, nem mesmo como meio de sustento, ou em outras palavras, como caixa dois, haja vista que isto poderá fazer-te gostar do íntimo masculino devido a convivência e esquecer o quão bom é estar ao lado de uma mulher.

3 – Não maltratarás os homens. Os pobres não têm culpa de terem nascido desprovidos de delicadezas, de terem nascido com barbas, de não terem as mãos com dupla personalidade; que sabem tocar apertado e ao mesmo tempo apertar suave. Os coitados não têm culpa de seus mamilos terem parado de desenvolverem-se no 4° mês de gestação, e de acharem que entendem as mulheres pelo simples fato de preservarem as glândulas mamárias. Os filhos da puta não têm culpa de existirem!

4 – Não coloques em teu pensamento que és homem ou que precisas agir como tal. Isso poderá levar-te a coçar o testículo imaginário e a segurar em tua parte íntima quando estiver jogando futebol, dessa forma, deixando os seios desprotegidos.

5 – Sapatão é aumentativo de sapato, objeto usado por seres humanos para proteger os pés, e no caso das mulheres, para proteger, embelezar e deixá-las mais alta. Logo, não se julgues sapatão. Sapinha é diminutivo de sapo, anfíbio que em 1930 passou doença para muita gente, e, além disto, há mais de 5 mil espécies, cada uma mais desprovida de beleza que a outra [...] O apelido sapinha há de ter sido inventado devido a semelhança de um ato: alcançar a presa com a grande língua que possui. No entanto, esta característica não muda o fato de que sapo, exceto os que estão em formato de ursinhos, não tem nada a ver com uma lésbica, e vice-versa, principalmente por sua pele – a pele do sapo – ser rugosa e seca, o que o diferencia do sexo feminino. Então, deixes de julgar-se sapinha, deves logo dizer que és lésbica ou safista.

6 – Nunca digas; colar o velcro, haja vista que lésbicas, 88% delas, eliminam seus pelos pubianos para facilitar o recebimento de um “idioma” alheio e não provocar em sua parceira uma coceira na garganta por causa de um pêlo intruso que soltou-se. O melhor a dizer para classificar tal sacanagem, levando em conta apenas o encaixe, mais conhecido como a arte do tribadismo, é: encontro de céus e botões.

7 – Não sintas vergonha de palpitar na produção de suas amigas heteros. Olhe, repare, da calcinha ao sutiã, e depois deves explicar que a mesma não deve constranger-se, pois, não és homem. Não és homem, no entanto, tire maior proveito das observações, afinal, não és homem, mas também não és cega.

8 – Não sejas fã apenas de Ana Carolina, T.A.T.O, Sharon Stone, Lúcia Veríssimo...

9 – Existe o Jornal Nacional, Novela das 8, Tecendo o Saber, Jô Soares, Mundo Cão, TV News, Bumerangue... Sei que talvez nem saibas que programas são esses, mas deves conhecê-los para que de vez entendas que Televisão não é sinônimo de The L Word.

10 – Farás tudo o que fora mandado acima.

FONTE:Blog Beijos que não furam

1ª TEMPORADA: PORQUE SEI QUE É AMOR - capítulo 7

Capítulo 7: Realidade mais uma vez


Passamos o fim de semana juntas. Durante o domingo, Suzana me levou ao Aterro do Flamengo e à Lagoa Rodrigo de Freitas, paisagens maravilhosas, mas não mais perfeitas que a imagem de Suzana com seu corpo perfeito, e seu sorriso arrebatador.

Eu me mantinha tímida quanto a andar de mãos dadas com ela, mesmo isso parecendo ser normal. Entretanto, quando ela se aproximava de mim, parecia que nada mais tinha importância, muito menos as convenções.

Sentamos na areia, tomando água de coco. Algumas vezes ela acariciava meu rosto, tirando dele meus cabelos revoltos com o vento. Eu sentia uma paz, uma calma quando estava perto dela, que me surpreendia, mas não me deixava ansiosa, a sensação era de estar com alguém que estava predestinada desde sempre pra mim.

No começo da noite de domingo, jantamos juntas em um rodízio de pizza perto do meu apartamento, Suzana era uma mulher muito interessante, chamava atenção por onde passava, eu percebia isso e ficava louca de ciúmes, mas me continha. Durante o jantar, ousei perguntar sobre a condição de nossa relação, já que no dia seguinte voltaríamos à rotina e eu não sabia como me portar com ela dali pra frente:

- Su... Posso te perguntar uma coisa?

- Claro, Isa, manda aí.

- O que nós temos, afinal? – falei timidamente, como se temesse a resposta.

- Isa, eu estava pensando se você teria essa resposta a me dar...

- Ah... Eu não sei, nunca estive com mulheres antes, na verdade nunca tive um relacionamento sério... Quer dizer, não que eu ache que tenhamos um relacionamento sério... Ai...Tô confusa, né? – fiz um careta como se confirmasse que nem eu me entendia, mas depois que falei em relacionamento sério me dei conta que não podia ser tão afoita assim, nos conhecíamos a menos de um mês.

- Calma, Isa... – falou segurando minha mão. – Eu só disse que esperava que você me desse essa resposta, porque quero te fazer uma pergunta, bobinha – sorriu apertando minha bochecha.

- Pergunta? Que pergunta?

- Isabela Bitencourt, você quer namorar comigo?

Fiquei gelada, ruborizada, mas com os olhos fixos naquele olhar amendoado não hesitei:

- Sim! Eu quero sim!

Minha vontade era de pular no pescoço dela e beijá-la ali mesmo, na frente de todos, mas tinha que me controlar, dei-lhe meu melhor sorriso, apertei sua mão, não deixando dúvidas da minha certeza naquela decisão. Não pensei no que as pessoas pensariam, não calculei o que me esperava, se tinha que ser secreto, eu só queria estar com ela, e sendo sua namorada então, estava mais que perfeito.

Voltei para o meu apartamento, depois de Suzana me deixar, se despedindo com um beijo suave, mas apaixonado. Nem precisaria de elevador pra chegar ao oitavo andar, eu estava flutuando! No meu quarto, achei um moletom meu que Suzana usara na noite anterior, tinha seu cheiro, dormir agarrada a ele, depois de ligar a ela para assegurar que chegara em segurança em casa, e trocarmos palavras carinhosas de boa noite.

Na manhã seguinte, acordei cedo, estava ansiosa pra rever Suzana, mesmo que tivéssemos que ser discretas no hospital, só de vê-la meu dia estaria completo. Dona Lúcia já estava na cozinha com a mesa posta, me deu apenas um bom dia, eu, ainda sem graça pela cena que ela testemunhara na sexta, apenas respondi, apressando-me para sair daquele silêncio constrangedor.

O hospital estava tranqüilo, atípico para uma segunda-feira, Dr, Roger designou a mim e Jessica para acompanhar os casos pós-operatórios, coisa de rotina, não nos tomaria muito tempo. Por mais que eu tentasse disfarçar, Jessica percebeu meu estado de felicidade:

-Ei... Tem gente que viu passarinho verde hoje...

Apenas sorri, e segui pela ronda a fim de ficar livre para descer ao pronto socorro ver MINHA NAMORADA. Nossa, que estranho isso... Minha namorada! Estranho nada, era maravilhoso! Minha namorada era a mulher mais linda e interessante do mundo, queria mesmo gritar aos quatro cantos que Dra. Suzana Andrade era minha namorada!

Terminando a ronda, não era mais de nove da manhã, dei uma desculpa qualquer a Jessica e desci em direção ao pronto socorro. Como de costume, estava tumultuado, meus olhos buscavam a mais nova dona do meu coração, mas sem sucesso. Encostei-me no balcão e cumprimentei a enfermeira que ali estava, a fim de disfarçar com algum assunto até perguntar por Suzana.

- Então, Lourdes... Viu a Dra. Suzana por aqui hoje?

Lourdes, sorriu e nada disse, foi quando ouvi atrás de mim aquela voz suave que me arrepiava inteira:

- Procurando por mim, Dra. Isabela?

- Su... Eh... Dra Suzana, estava sim, é sobre aquele caso... Da... – gaguejei buscando uma desculpa para falar com ela.

- Dona Fátima? – segurando o riso por me ver tão nervosa Suzana completou.

- Isso! Podemos conversar?

- Claro, vamos até meu consultório.

Ela foi na minha frente pelo corredor, enquanto eu acompanhava o seu rebolado... Nossa, que bumbum que ela tinha... A cintura... Nossa, o jaleco justinho deixava tudo bem definido. Ela estava de cabelos presos, deixando a mostra um pedaço da tatuagem com uma inscrição oriental, que até então eu não tinha notado, que distraída que eu fui! Como não vi isso aí antes? O que significaria aquela inscrição? Chegamos ao seu consultório, ela abriu a porta pra que eu passasse na frente, em seguida trancou a porta:

- Então, Dra. Isabela, pode falar – segurando um sorriso safado ela falou.

Sorri tímida e me aproximei dela, que segurou meu queixo, beijou-me suave sussurrando:

- Bom dia, namorada...

Com aquele carinho tão singelo, eu senti um frio subindo na barriga... Minhas pernas ficavam bambas... Sorri e respondi beijando-lhe mais uma vez:

- Bom dia, namorada.

Puxou-me pela mão até sua cadeira, sentou-se e em seguida puxou-me para seu colo. Envolvi meus braços no seu pescoço enquanto ela beijava o meu, eu desviava meu pescoço para o lado indicando o caminho para que ela continuasse aquela carícia, até nossos lábios se encontrarem num beijo lento, permiti que ela explorasse minha boca, minha língua sem pressa:

- Pensei a noite toda em você, sonhei com você... Acordei pensando em você... O que você fez comigo heim, Isabela?

- Exatamente o mesmo que você fez comigo... Por que também não parei de pensar em você... Até dormi com seu cheiro no meu moletom – falei baixando os olhos com vergonha.

- Mas que bonitinho... Não tive moletom com seu cheiro mas não precisava disso, seu cheiro está na minha memória... Não sai de mim.

Nesse momento, ela passou seu nariz pelo meu rosto, cabelos, pescoço, sentia sua respiração forte, o que eriçava minha pele inteira. Ficamos alguns minutos ali naquela troca de carícias, até o Pager dela tocar.

- Minha Bela... O dever me chama, tenho que ir... Almoça comigo?

- Claro, namorada! Que horas?

- Hum... Lá pelas 13h, pode ser?

- Encontro você no estacionamento então.

Sabia que o máximo que evitássemos estar juntas no hospital era mais sensato, por isso almoçar na cantina não era boa opção. Almoçamos em um restaurante no shopping perto do hospital. Durante o almoço falamos amenidades, Suzana observava minhas manias na organização do prato, já que optamos por um self service, eu separava em cada canto do prato a salada, arroz e a carne, meus trejeitos com os talheres... De fato eu era mesmo cheia de manias, mas não por ser fresca, mas por hábito, era assim desde pequena por orientação de meus pais, depois por orientação de Tia Sílvia.

- Caraca, você é muito certinha Isa!

- Por que diz isso? Fala como se fosse defeito... – falei desconfiada.

- Não é defeito, é fofo... Mas sabe que adoro quando a certinha perde as estribeiras... – sorriu maliciosa.

- Você ainda não viu nada...

Durante os dias seguintes foi sempre assim, almoçávamos juntas quando os plantões permitiam, saíamos juntas do hospital no fim do expediente, as vezes ela ia pro meu apartamento, outras vezes eu ia pro apartamento dela, por algumas vezes mudávamos a escala de plantões nos fins de semana para ficarmos juntas.

Nossos olhares apaixonados e sorrisos pelos corredores, no elevador, na cantina, nos denunciavam, ouvia uns cochichos, especialmente do Dudu com a Jessica, mas nunca tiveram coragem de me abordar diretamente, o que pra mim era ótimo.

Chegamos a visitar aquela sala do almoxarifado algumas vezes no meio do expediente, ela me mandava mensagem de texto provocativa e marcava nosso encontro lá... Nosso desejo não cessava, eu que me habituava a solidão desde a adolescência, não conseguia mais ficar longe de Suzana, mas isso não era sacrifício.

Naquele dia, não trabalhei de tarde, combinei com Suzana de jantarmos no meu apartamento, estávamos fazendo um mês de namoro, ajudei Dona Lúcia com o jantar, fiz questão de escolher um dos pratos favoritos de Suzana, risoto de camarão. A essa altura Dona Lúcia já estava acostumada com a presença de Suzana em casa, sempre encontrava roupas, lingerie dela no meu quarto, mas não me perguntava nada, e eu não me sentia no dever de explicar qualquer coisa. Escolhi um vestido sensual, um sandália de salto agulha, por baixo uma lingerie de renda, um cinta liga...queria surpreender Suzana que sempre me acusava de ser certinha demais. A mesa estava posta e a iluminação lógico era à luz de velas.

Pouco antes do horário marcado o porteiro interfonou avisando que tinha gente chegando, Suzana já estava íntima da porteiro, flagrei os dois certa vez assistindo futebol na mini TV da recepção do prédio enquanto eu chegava do supermercado, assim deduzi que fosse ela chegando adiantada.

A campainha tocou e corri para abrir, nem me importei de confirmar que era ela pelo olho mágico, abri rapidamente, posando sensualmente com um braço na porta exibindo meu vestido quando ouvi os gritos:

- SURPRESAAAAAAA!!!

SOCIEDADE SECRETA LESBOS - SÉTIMO CAPÍTULO

Capítulo 7



A semana começou intensa, as irmãs Gama-Tau se revezavam entre o início de fato das aulas na universidade, e os preparativos para a festa à fantasia que ocorreria no sábado. Centenas de estudantes disputavam convites, até mesmo membros de outras fraternidades. A fama de promover as melhores festas do campus atraía gente de todas as tribos, especialmente rapazes, que sempre em rodas de conversas machistas, classificavam as Gamas-Tau como as mais quentes do campus. Nenhuma outra fraternidade ousava marcar festa para o mesmo dia, pois sabiam que estaria destinada ao fracasso.

Os convites eram caros, e não eram ofertados apenas por dinheiro, os felizardos eram escolhidos a dedo pelas meninas quentes de Prescott. Uma equipe especial da fraternidade era responsável pela venda desses convites. Segundo a orientação de Esther, Amy a auxiliaria na escolha do repertório de música, escolha do DJ e da banda que se apresentaria na festa.

Durante a semana inteira, Amy não conseguiu ficar a sós com a presidente da Gama-Tau. Não pôde deixar de perceber que quase todas as noites depois de receber um telefonema, Esther montava em sua moto, só chegando em casa de madrugada, para irritação e ciúme da loirinha, que se controlava para não fazer perguntas no dia seguinte.

Durante as saídas da veterana, Amy perdia o sono, às vezes se lembrando do olhar de Esther, outras do selinho trocado, outras tantas, se lembrava da cena da cabana de madeira do jardim. Lembrava do seu sonho erótico com ela... Adormecia e sonhava com o cheiro dos cabelos e da pele da morena, chegava a sentir seu calor, sentia a respiração dela em seu pescoço e acordava com sua calcinha molhada, desejando que aquilo fosse real.

Em uma das noites de sonho, um momento em especial veio a sua memória: as mãos quentes invadindo seu sexo com movimentos intensos a fazendo gozar. Numa atmosfera estranha, mas familiar para ela, no sonho via o rosto de Esther quando virava para trás a fim de descobrir quem estava a tocando. Acordava se perguntando se era só mais um sonho erótico com Esther, ou se era alguma lembrança da noite do ritual vindo, como a própria descrevera.

Amy cruzou algumas vezes com Jonh no refeitório, mas o ignorou, não sabia o que acontecera, mas pela reação do rapaz, ele também não. As demais fraternidades organizavam atividades pelo campus, mas o assunto era um só: a festa da Gama-Tau. Os que conseguiram convites se apressavam em escolher fantasias, enquanto os preparativos na casa Gama, estavam a todo vapor.



Chegou enfim o dia da festa, a casa estava pronta. No andar de baixo, a sala se transformara em uma pista de dança, com o DJ no canto esquerdo. No centro um jogo de luzes ritmado. Na frente das escadas, dois seguranças que não permitiriam que ninguém subisse até os quartos das meninas, exceto elas. Na ante-sala fora montado o buffet, já que estava próximo ao bar que contava com barman profissional. No quintal da casa, fora organizado um pequeno palco, decoração cheia de detalhes com temas de personagens de filmes, desenhos e de fantasias clássicas.

As meninas quentes de Prescott estavam todas fantasiadas de heroínas de animes orientais, atiçava a curiosidade de todos saber quem era por baixo daquelas máscaras. Em pouco tempo todos os ambientes da casa estavam tomados pelos convidados. As novatas estavam encantadas com o clima da festa, bebidas variadas, músicas perfeitas, performances no palco e na pista de dançarinos profissionais convidados.

Amy passeava no meio de todos como se procurasse alguém, aos poucos ia reconhecendo algumas vozes de suas irmãs, muitas muito animadas pelo excesso de álcool que ingeriam. Na festa tinha-se de tudo: Zorro, Batman, Clark Kent, bombeiro, policiais, odalisca, gueixa, E.T., Sr. Incrível, Hulk... Logicamente, tinha também aquelas fantasias do tipo sem noção: hambúrguer, saco de pipoca gigante, camponesa, coelhinha, touro, sapo...

Em três horas de festa, Amy já estava bêbada o suficiente para justificar qualquer insanidade que cometesse. Buscava em cada heroína oriental a voz e o cheiro de Esther, mas não encontrou. Protagonizou na pista de dança um showzinho de dança sensual, deixando de queixo caído a todos que a viram, despertando o desejo de muitos e muitas, inclusive de Jonh, que estava acompanhado de sua namorada. Ellen que também estava visivelmente tocada pelo álcool, chegou a se aproximar de Amy enquanto ela estava no centro da pista. Antevendo uma situação delicada, Laurel tratou de tirar a loirinha do alvo da atenção de todos, afastando-a para o jardim.

-- Amy, ei, vá devagar, loirinha...

-- Laaauurel, amiga, se eu for mais devagar, eu paro...

-- A gente está no começo da festa ainda, você vai acabar não aproveitando nada!

-- Mas eu, eu, eu to aproveitando, Lauu

-- Esther não vai gostar nada de te ver assim...

-- Esther? Ela sequer apareceu aqui... Cadê ela pra me guiar? Preciso da mão dela, Lauurel.

Laurel percebeu nos olhos de Amy lágrimas querendo brotar, sentou-a em um banco no jardim, e foi buscar água no bar, voltando rapidamente. Estendeu a mão para Amy, segurando sua máscara, e deu-lhe a garrafa de água, na esperança de minimizar os efeitos de embriaguez.

--Toma, loirinha, beba antes que Esther chegue...

Amy ficou ali sentada olhando para a garrafa de água como se enxergasse a imagem de Esther dentro dela, encostou a cabeça no banco experimentando a tontura evidente. Laurel viu então uma movimentação incomum no interior da casa, como veterana responsável pela segurança da festa, pediu que Amy a esperasse ali enquanto se certificava que nada de errado estava ocorrendo. Nesse momento, Jonh se aproximou de Amy, tirando-a do banco, arrastando-a para uma árvore escondida na lateral da casa.

-- Você pensa que pode me fazer de otário, novata?

-- Eu? Do que você está falando, cara?

-- Você me atraiu pra uma armadilha naquele dia, né?

-- Armadilha? Que dia?

Mesmo que Amy estivesse sóbria não teria como se defender do rapaz, uma vez que aquela noite era um mistério para ela. Não conseguia manter-se de pé longe do corpo de Jonh, tamanha era sua tontura, quando notou o rapaz a imprensá-la contra a árvore descendo suas mãos por seu corpo.

Amy foi tomada de pavor. Mesmo com algum grau de embriaguez, percebeu que não aconteceria boa coisa naquele cenário. Tentou empurrar o rapaz, sem sucesso. Gritou e viu alguém se aproximar, de capacete, bater com um taco de beisebol nas costas de Jonh, que se afastou imediatamente.

-- Vaza daqui, grandalhão, antes que eu chame os seguranças do campus!

Amy reconheceu a voz, tentou se recompor vendo Jonh se afastar com passos rápidos dali. Como se tivesse apertado a tecla “slow” viu a morena se desfazer do capacete, espalhando suas madeixas, e fixar os olhos nela.

-- O que você está fazendo aqui sozinha, novata? -- perguntou Esther, visivelmente irritada.

-- Onde você estava que só chegou agora?

-- Eu não te devo satisfações, novata, entre, acho melhor você subir para o seu quarto!

-- Você acha que manda em mim?

-- Não acho, eu tenho certeza!

Nesse momento, Esther segurou Amy pelo braço, puxando-a. Abriu um portão lateral da casa que dava acesso à porta dos fundos, chamou Rachel e disse:

-- Leve-a para o quarto dela, e assegure-se que não saia de lá, por favor, Rachel.

Amy se debatia como criança sendo levada para o castigo, mas mal podia dar um passo sem antes tropeçar em algo ou derrubar alguma coisa. Laurel procurava a amiga que não estava mais no banco onde a deixara, encontrou Rachel com ela, e a ajudou no trajeto até o primeiro andar da casa. Todo o tempo a loirinha repetia frases desconexas, só se entedia que ela falava de Esther.

-- Manda em mim... Sei... E ela, onde estava? Ela vai ver...

Chegando ao quarto, Laurel se encarregou de cuidar da amiga, assegurando a Rachel que ela ficaria bem. Tirou apenas os sapatos de Amy e a fez se deitar em sua cama, insistindo para que bebesse água.

-- Quem ela pensa que é?

-- Amy, descanse... Não sei o que aconteceu, mas Esther deve ter motivos para te mandar subir, está só cuidando de você...

-- Cuidando de mim? Laurel, eu quero ela aqui! Como ela chega essa hora?

Laurel viu a amiga se declarar com aquelas indagações, mas não se aproveitou da situação, ficou ali, até que Amy caísse no sono.