domingo, 27 de março de 2011

1ª TEMPORADA: PORQUE SEI QUE É AMOR - capítulo 21

CAPÍTULO 21: CAMILA TAMBEM TEM UM PASSADO


- Antes de chegarmos, minha linda, quero te dizer algumas coisas. Já conversamos sobre isso algumas vezes né, você sabe que tive muitas namoradas, mas todas sem importância, exceto por Giovanna, a qual também já te falei...

- Tudo bem minha querida, nunca imaginei que uma mulher como você tenha passado a vida inteira só me esperando, né? – beijei sua mão.

- Se eu soubesse que te encontraria, eu teria esperando Isa.

Nesse momento vi um brilho nos olhos de Camila que denunciavam uma verdade que mexia comigo, mas continuei a tal conversa preparatória.

- Você sempre galante né meu bem...

- Isa, estou te falando isso agora, porque apesar de Giovanna estar no meu passado, assim como Suzana está no seu, ela foi a única que amei de fato até encontrar você... E as minhas amigas que você vai conhecer hoje podem comentar algo...

- Espera um pouco, até me encontrar? Dra. Camila está confessando que me ama?

Camila ficou ruborizada, e desconversou, notei que ainda não era o momento para essas declarações, e a tranqüilizei:

- Você está me advertindo sobre as possíveis ex-namoradas suas que encontrarei hoje, e sobre os comentários sobre você e Giovanna?

- E’... Estou sendo boba né?

- Olha pra mim, meu bem – segurei seu queixo e a olhei fixamente. – Quero que todas as suas ex-namoradas, e suas amigas saibam que hoje você está comigo, que estamos felizes, e apaixonadas. Se alguém ousar melar nossa noite, te garanto que vai conhecer um lado mineiro muito mal educado, nada manso...

Camila gargalhou e me beijou, mas rapidamente parou, arregalou os olhos e disse:

- Isa, você está apaixonada por mim?

- Isso não está óbvio, Camilinha?

Estava mais que óbvio que estávamos nos apaixonando, Tia Sílvia comentara na sua visita que a sombra de tristeza que marcava meu olhar que voltara após o fim do meu noivado com Suzana sumira mais uma vez. Olívia e Bernardo se alegravam vendo o bem que Camila me fazia, então era mesmo óbvio.

Entramos na boate e logo fomos recebidas pelo casal protagonista da noite, Natália era a amiga de Camila, uma chef de cozinha de cabelo chanel loiro, da minha altura, muito simpática. Sua noiva, Roberta, tinha um jeito menos feminino, usava camisa de botões preta e jeans na mesma cor, tinha cabelos pretos curtos, mais alta e magra. Natália eu já conhecia, fomos apresentadas quando Camila me levou para jantar no restaurante onde ela era chef.


Enquanto procurávamos um lugar para nos sentarmos, caminhávamos pela boate e notava os olhares sobre nós. Camila segurava minha mão e não desviava a atenção de mim, como se quisesse transmitir a segurança que só eu importava pra ela naquele ambiente.

Camila foi abordada algumas vezes por mulheres que pareciam não me enxergar ao lado dela, até proposta de ménage a trois, recebemos por uma mais ousada, o que causou em nós uma crise de risos. Eu me sentia incomodada em pensar que todas aquelas mulheres foram beijadas e tocadas por Camila, mas não me sentia insegura a ponto de ter crise de ciúmes, ela me fazia sentir única, e isso me bastava.

Dançamos muito, assistimos a um show de stripper, e driblamos as cantadas que recebíamos das mais afoitas. A noite seguia tranqüila, até uma mulher com traços orientais se aproximar de nossa mesa, estávamos na companhia de Natália e Roberta que tentava nos convencer a viajar com elas no carnaval para Salvador. Natália já alterada pelo álcool soltou um sonoro:

- E. fudeu!

-Nat, Roberta, tinha que vir cumprimentar vocês queridas.

A oriental abraçou o casal com intimidade.

-Oi Camila.

-Oi Giovanna.

Meu coração acelerou. Aquela mulher era para Camila, o que Suzana era para mim, não pude evitar uma ponta de insegurança e ciúmes ao vê-la.

- Tudo bem com você? Faz tempo que não te vejo por aqui.

- Tudo ótimo, tenho trabalhado muito, e você, está morando aqui de novo?

- Estou passando um tempo, retiro para inspiração, sabe como preciso disso às vezes.

-Claro... Ah, Giovanna que cabeça a minha, essa é Isabela, minha namorada.

Camila não soltou minha mão nem por um instante, bem diferente do comportamento de Suzana ao ver sua ex-namorada, não pude deixar de lembrar isso nessa ocasião. Cumprimentei-a com um aperto de mãos.

- Muito prazer, como vai Isabela?

- Muito bem, obrigada, o prazer é meu Giovanna, quer sentar conosco?

- Não obrigada, vou falar com algumas amigas, dar uma circulada, vejo vocês por aí.

Acenou e se retirou de nossa presença com altivez, lançando um olhar fuzilante em Camila, isso sim me incomodou. Natália e Roberta saíram para participar de uma brincadeira preparada por amigas, nos deixando a sós, aproveitei para perguntar:

- Meu bem, porque vocês terminaram?

- Certeza que quer saber disso agora? – disse enquanto beijava meu pescoço.

- Não gostei do olhar dela para você.

- Ai que fofo, minha loirinha está com ciúmes?

- Pow, Camila... Ela é linda...

- Não mais que você, minha linda – beijou meus lábios e sorriu.

- Responde, vai...

- Tudo bem minha linda, respondo, não tenho nada a esconder de você. Giovanna é artista plástica, por isso mudou-se para New York depois de uma exposição de sucesso lá, achou melhor terminarmos porque não queria que nada atrapalhasse sua evolução artística, essas coisas de distrações, inspirações... Na opinião dela, a saudade, o sofrimento, era bom para seu trabalho.

- Ela preferiu o trabalho ao amor?

- Basicamente sim. Enquanto eu morava em Seattle, durante meu doutorado, nosso relacionamento a distância foi bom para ela, a conheci durante minhas férias aqui, mantivemos a relação, estávamos apaixonadas. Quando conclui o doutorado, um ano após começarmos a namorar, voltei ao Brasil e nossa relação começou a ter uma série de problemas de convivência.

- De que tipo?

- Artistas são muito complicados, Isa - riu fazendo careta.

- Mais que médicos?

- Nós somos loucos, Isa. Aartistas são excêntricos... Em nome da arte acham que podem tudo – sorriu. – Assim, Giovanna passava dias sem me procurar, sumia da cidade, participava de “festinhas” com meninas, experimentava drogas, apesar de não ser viciada.

- Nossa...

- E’... Comecei a descobrir essas coisas, mas como estava ainda envolvida na divulgação de minha pesquisa, viajava muito, acabei adiando essa situação. Com Giovanna eu me sentia perdida, porque ela fazia de mim o que queria, e eu sempre a aceitava de volta.

- Como isso acabou?

- Comecei a sair com outras pessoas, Giovanna soube, protagonizou escândalos homéricos, inclusive aqui nessa boate mesmo. Eu ficava derretida acreditando que ela me amava, por isso tanto ciúme, e voltava pra ela. Mas ela era muito instável, isso me fazia sofrer muito, até que ela foi para New York, viajei com ela para a exposição, estava tudo maravilhoso até ela se mudar pra lá. Visitei-a dois meses depois da mudança dela, e descobri que ela estava namorando a dona da galeria que ela estava expondo seus quadros. Voltei ao Brasil no mesmo dia, ela me ligou dizendo que quando voltasse ao Brasil ficaríamos juntas de novo, mas eu recusei, disse que estava apaixonada.

- E você estava?

- Foi quando te conheci, naquele bar no Rio. Desde a primeira vez que te vi, eu sabia que você mudaria minha vida... Depois de conhecer tantas mulheres nos seis meses que Giovanna esteva fora, nunca senti meu coração, acelerar tanto, meu estômago parecia ter dezenas de borboletas quando vi você sorrindo... Definitivamente não podia ficar presa a ninguém, precisava ter você...

- Não acredito, Camilinha... Você nunca me disse isso...

- Ah, fiquei sem graça de dizer que me apaixonei por você à primeira vista, parece meio piegas né?

- Não tem nada de piegas... E’ muito fofo meu bem... – beijei suas mãos.

- Pronto, agora você sabe da minha história com Giovanna, e do meu outro segredo, que sou caidinha por você desde que te vi pela primeira vez.

- Mas na boate, você me viu com Suzana e me paquerou descaradamente. Fiquei com uma impressão péssima de você, apesar de você ter sido a primeira mulher que prestei atenção depois de Suzana.

- Eu estava sorrindo pra você porque adorei saber que você gostava de mulheres, assim minhas chances aumentavam, oras! Ah... Ignorei mesmo Suzana, só conseguia ver você – sorriu.

Não posso negar que amei ouvir essa declaração de Camila, e estava mais tranqüila em relação à Giovanna, apesar de me sentir incomodada por ela o resto da noite. Ela olhava para Camila fixamente, sem se importar com minha presença nem com a indiferença de Camila, sentia que ela nos causaria problemas.

Antes de sairmos da boate, Camila pediu que eu pagasse a conta enquanto ela iria ao banheiro, alguém derrubou bebida nela enquanto estávamos na fila do caixa.

Passaram-se minutos e, após pagar a conta, procurei Camila no banheiro, deduzi que a fila estava grande, aprendi que banheiro em boate lésbica era um ponto de encontro... Vi saindo do banheiro, Giovanna, em seguida Camila, que limpava a boca com um papel toalha.

Giovanna passou por mim com um sorriso vitorioso, Camila ao me ver empalideceu, notei no canto de seus lábios um vestígio de sangue, logo juntei os sinais e concluí o que acontecera naquele banheiro.

- Isa, eu sei que isso pode soar como mentira deslavada, mas não é o que parece.

- Camila, eu não quero ouvir nada. Quero ir pra casa agora.

Não trocamos uma palavra durante o trajeto, na porta do meu prédio, Camila fez menção de descer comigo, impedi.

- Isa, por favor, não me deixa nessa aflição, eu preciso te explicar...

- Não Camila, hoje não.

- Meu bem, você está tirando conclusões precipitadas, me dá dez minutos.

- Tudo bem, vamos subir que aqui a essa hora é perigoso.

Subimos para meu apartamento, e sentei no sofá visivelmente decepcionada com o final de nossa noite.

- Giovanna armou pra mim, Isa. Mandou que aquela menina jogasse bebida em mim porque sabia que eu iria ao banheiro, me esperava lá e conseguiu me roubar um beijo, mordeu meus lábios de propósito pra deixar essa marca e você visse...

Fazia sentido, eu tinha que dar crédito a Camila, não tinha porque desconfiar dela. Lembrei que ela confiou em mim quando contei a visita de Suzana no nosso quarto de hotel, em Brasília.

Permiti que ela se aproximasse de mim e retribui o abraço, como que aceitando sua versão do episódio na boate.

SOCIEDADE SECRETA LESBOS - VIGÉSIMO CAPÍTULO

Capítulo 20



Amy e Esther voltaram para o depósito. Esther descobriu algumas poltronas envoltas por uma coberta e convidou Amy a sentar-se perto dela. Sem mencionar uma palavra sequer, a loirinha sentou-se demonstrando alguma ansiedade em estar mais uma vez tão próxima a Esther.

-- Seu namorado virá procurar por você, e ele se for esperto, deduzirá que não voltei para a festa... Enfim, uma hora sairemos daqui.

-- É... Virá, sim.

-- Ele parece ser um cara legal... Aliás, legal até demais pra um cara... Digo um hetero.

-- Você acha que não existem caras heteros legais? Isso me soa meio “heterofóbico.

Esther sorriu, balançando a cabeça positivamente, e continuou:

-- Você tem razão, acho que estou sendo preconceituosa, mas é que... Senti algo diferente nele e, enfim... Pode ser impressão minha apenas, deixa pra lá...

-- Você está procurando um defeito nele e não está encontrando, então, quer me colocar uma pulga atrás da orelha, não é?

-- Claro que não! Ninguém é perfeito, muito menos ele, logo sai do casulo, e...

-- Espera aí! Casulo?

-- Ah, loirinha, seu namorado está escondendo a purpurina, mas a mim ninguém engana... Ele estava louco pra ficar a sós com Jonh, por isso me trancou aqui...

-- Você está louca?

Amy fingiu cara de ofendida, mas Esther sorria com o canto da boca, enquanto desfazia o penteado dos seus longos cabelos negros, atitude que Amy não entendeu.

-- Esther, estou falando com você! E você está se desarrumando por quê?

-- Você ainda não percebeu que dificilmente a gente sai daqui hoje? Só virão nos destrancar amanhã, quando os funcionários vierem arrumar o salão. Estão todos mascarados, não sentirão nossa falta, exceto seu namorado, mas esse deve estar muito ocupado com Jonh...

-- Ai, Esther... Você me irrita!

Amy falou isso empurrando a morena pelo ombro, provocando risos em Esther, que tentava segurar as mãos da novata, até enfim conseguir puxar Amy para cima das suas pernas.

A loirinha teve suas mãos presas para trás por Esther, que colou sua boca no pescoço de Amy, respirando forte sentindo a pele da novata arrepiar. Não se conteve e deslizou seus lábios com a ponta da língua entre eles, despertando um gemido suave e sensual em Amy.

De mãos contidas, Amy reclinava seu pescoço pro lado a fim de dar espaço para o acesso da boca carnuda de Esther, que descia pelo seu colo desnudo evidenciado pelo decote. Os corpos de ambas queimavam tamanho desejo de se entregarem. As mãos de Esther antes ocupadas em segurar as de Amy, agora passeavam por baixo do longo vestido da loirinha. A qual, por sua vez, colocou suas mãos entre os cabelos de Esther soltando os últimos cachos presos no penteado da morena. A busca das mãos e bocas pelos corpos desejosos de paixão em pouco tempo tornou qualquer peça de roupa desnecessária. Os pomposos vestidos se perderam pelo chão empoeirado, enquanto Esther arrastava Amy para o sofá vizinho à poltrona que elas estavam.

Esther colou seu corpo praticamente nu sobre o corpo de Amy igualmente provido apenas com a calcinha, roçando com movimentos suaves intercalados com beijos embebidos numa volúpia incessante. A perna de Amy se encaixou entre as pernas da morena, a qual seguia com movimentos mais fortes aumentando mais a umidade no seu sexo.

No passeio das mãos de Esther, ela encontrou a última peça do corpo de Amy. Por dentro da calcinha, penetrou suavemente seus dedos no sexo encharcado e trêmulo, sorriu ao sentir Amy se contorcer, e não parou o toque entre os pequenos lábios, massageando o clitóris conforme a loirinha ditava sua entrega ao gozo.

Os gemidos de Amy se propagavam, aumentando mais o prazer de Esther, a qual se enchia ainda mais de tesão, sentindo o gozo da loirinha se derramar entre seus dedos. Isto, para a morena, era quase imperativo. Desceu com sua boca até as pernas de Amy, mergulhando a língua naquele líquido quente, salgado, despertando em Amy mais do que um gemido, um grito de puro prazer, acompanhado de uma onda de tremores. A loirinha cravou as unhas nas costas de Esther, a qual se deliciava com o orgasmo de Amy.

Amy se jogou contra o sofá, sem forças, rendida, enquanto Esther repousava seu corpo nos seios eriçados da loirinha, acariciando a pele alva e suada, depositando pequenos beijos. Muita coisa precisava ser dita, Amy sentia isso, mas seu corpo parecia desprendido de qualquer racionalidade, queria mais de Esther, queria aquele corpo perfeito dentro dela, e, principalmente, queria fazer a morena sua, assim como ela se sentia dela naquele momento.

Aos poucos sentiu a dormência das suas mãos passarem, e se deu numa exploração urgente pelas curvas de Esther, a qual se entregava de olhos fechados. Em um movimento quase que sincronizado, ficou sobre Esther, deslizando suas mãos no corpo moreno e arrepiado, retirando sua minúscula calcinha, dando completo acesso ao pulsante e molhado sexo.

Não teve pressa em penetrá-lo. Com movimentos provocativos, colocou sua mão inteira sobre ele, os dedos se dividiam no toque em diferentes pontos, por vezes massageando o clitóris, outras, iniciando uma penetração lenta, deixando a morena enlouquecida com tais investidas.

A loirinha não se esquecia de provocar os volumosos seios intumescidos de Esther, a qual arqueava seu corpo diante das pequenas mordidas que recebia neles, enquanto a mão de Amy continuava a protelar o gozo inevitável, que aconteceu tão logo Amy intensificou os movimentos de seus dedos num compasso ritmado, absorto enfim numa sequência de gemidos e sussurros de significados indecifráveis culminando com a explosão do prazer de ambas.

A paixão ainda deu lugar a mais momentos de carícias quentes, mas principalmente a uma troca de carinhos inédita entre as duas, as quais pareciam estar num universo paralelo, no qual elas eram apenas um casal se entregando ao momento, sem jogos, sem interesses escusos ou segredos. Antes que adormecessem abraçadas, Esther falou ao ouvido de Amy suavemente:

-- Amy, eu... Preciso te dizer uma coisa... Mas... Tenho medo de que você entenda errado.

-- Adoro quando você me chama pelo nome... Me fala, se eu entender errado, você me explica, né?

-- Amy... Não gosto, não quero que você tenha um namorado. É isso...

-- Mas... Você me trata como um objeto descartável, e acha que tem direito de fazer exigências?

-- Não é uma exigência, é um desejo...

-- Mas, o que você quer de mim, afinal? Que eu esteja à sua disposição, do jeito que você bem entender? Você acha justo isso?

-- Não se trata de justiça... Eu quero você...

-- Você me quer...?

-- É, Amy... Quero você só pra mim!

Amy ficou por alguns minutos com os olhos fixos nos de Esther, tentando enxergar neles que tipo de sentimento estava naquele pedido. Desejou saber ler aqueles olhos, aquela expressão. Não sabia se Esther tinha apenas o sentimento de posse, se queria mostrar seu poder sobre ela, ou se existia ali o que seu coração queria que existisse, a sinceridade de Esther em querê-la como sua namorada, ou coisa parecida. Depois desse mergulho em interrogações vislumbrado no olhar que lhe fitava esperando alguma resposta, Amy baixou os olhos, balançou a cabeça negativamente, e indagou, encarando-a com firmeza:

-- Esther, quero muito entender como você me quer... Porque não deixei de cumprir minhas obrigações como sua escolhida, como uma irmã de fraternidade. Mas não acho que ser usada por você e depois descartada como eu suponho que você faça com outras meninas, constitua uma de minhas atribuições, portanto, preciso que você me fale claramente, numa linguagem que não permita dupla interpretação... Esther, sem jogos... Me quer só pra você em que condições?

Em um momento raro, Esther sentiu-se intimidada, não só pela firmeza evidente da novata, mas principalmente pelo sentimento implícito em cada palavra e nítido nos olhos verdes que cintilavam qual esmeraldas puras...

-- Amy, quero você pra mim, sem namorados, ou namoradas, quero você fique só comigo, seja mais que minha escolhida, seja minha... Na condição de minha...

-- Minha...? Minha o que, Esther?

-- Amy... Você entendeu... Facilita pra mim, vai...

Esther aproximou-se então dos lábios da loirinha, a qual continha um sorriso meio abobado, visivelmente tocada pelo pedido tímido da morena. Beijou-lhe suavemente a boca, provocando um suspiro de Amy, a qual não tardou em precipitar um beijo longo, quente e sedento, e mais uma vez se entregaram à paixão.

Exausta, mas com um sorriso nos lábios, Esther acariciou os cabelos finos e macios de Amy, a qual estava recostada no seu peito, e com a mesma timidez rara, voltou a perguntar:

-- Isso foi um sim, Amy?

-- Vai depender de quem você será no dia seguinte.