domingo, 19 de dezembro de 2010

Ser Lésbica é uma escolha?



Ainda ninguém sabe ao certo porque é que uma mulher é lésbica, um homem gay, ou bissexual. O que se sabe é que a homossexualidade existe desde que se conhece a história humana, e não só no homem, mas entre outros animais na natureza, podendo dizer-se que é simplesmente natural.

A maioria das mulheres lésbicas, ou homens gays, dirão que ser homossexual não é uma escolha. Ao certo não se sabe, mas a maioria dos cientistas crê que a homossexualidade não é simplesmente uma escolha, e que a biologia pode ter um papel fundamental. Isto significa que muitas pessoas podem nascer com a sua orientação sexual definida, ou que essa orientação sexual é definida numa tenra idade.

Nas últimas décadas, cientistas tentaram estudar até onde uma orientação sexual pode nascer: se já nasce connosco, ou nasce depois, mais tarde na vida? Alguns estudos feitos nos anos 90, essencialmente em homens, sugeriam que a sexualidade era inata. Foram ligados marcadores DNA à região Xq28 do cromossoma X , a homens homossexuais. Mas outros estudos subsequentes falharam a replicar este resultado, deixando um resultado que informava que a homossexualidade tem múltiplas causas, incluindo factores ambientais, cognitivas e biológicas.

FONTE: BLOG LETRA L

Mas será de facto uma escolha?
Alguns estudos concluíram que a sexualidade feminina é mais ambivalente que a masculina. Claro que algumas pessoas podem afirmar que é uma escolha, e até algumas mulheres lésbicas poderão dizer que até um certo ponto, é uma escolha. Outras mulheres acreditam que nasceram lésbicas. Na realidade nada se pode comprovar a 100%, e até um certo ponto, tudo varia de mulher para mulher.

Hoje em dia existe uma nova linha de pesquisas, especialmente na linha da sexualidade feminina. Desde 1948, quando o famoso Alfred Kinsey introduziu a sua famosa escala de 6 pontos, em que o 0 (zero) significa completamente heterossexual e o 6 completamente homossexual, com o 3 a significar bissexual; a verdade é que a maioria das mulheres caía no 3, ou seja bissexual.

A nova frase usada hoje em dia devido a novos estudos acerca da sexualidade feminina é a “fluidez sexual”. Foram feitas experiências na Universidade de Northwestern nos EUA, e as mulheres que participaram na experiência, ficaram sexualmente excitadas, quando visualizavam quer filmes heterossexuais, quer filmes lésbicos, todos de carácter erótico. Conclui-se que o desejo sexual das mulheres é menos rígido e menos virado para um género sexual, comparativamente aos homens.

Isto não significa que todas as mulheres sejam bissexuais. A “fluidez sexual” representa a capacidade de responder de forma erótica a distintas situações que envolvem pessoas de géneros distintos. Isto não é simplesmente algo controlável, são respostas inatas a situações ou pessoas quando visualizadas.

Conclui-se também que as mulheres são mais atraídas pela pessoa do que pelo género – características como humor, generosidade, inteligência, podem ser valorizadas em homens e mulheres, podendo existir ligação emocional com qualquer um deles, mudando a sua orientação sexual em função desta ligação emocional.

Quer pense que ser lésbica é uma escolha ou não, a verdade é que existe uma escolha: agir de acordo com o seu coração ou não. Pode escolher esconder os seus impulsos e desejos, mas isso não significa que não seja homossexual, bissexual ou heterossexual, só significa que não está a ser sincera consigo própria.

O que se pode concluir a respeito da questão que ser lésbica é uma escolha ou não, é que não se escolhe quem se ama. Seja qual for o género pelo qual nos apaixonamos, somos todos humanos, independentemente de nos considerarmos heterossexuais, homossexuais, bissexuais…, o que interessa é sermos felizes com que amamos.

A verdade é que as pessoas que são verdadeiras consigo mesmas, são mais felizes. Aceitar a orientação sexual, seja ela qual for, mais lésbica, menos lésbica, seja o que for que sinta, a melhor forma de viver a vida, é aceitar-se, só desta forma será feliz.