segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Continuação: 1ª Fase - Leis do amor - CAPÍTULO 30

CAPÍTULO 30:Animus laedendi
*Intenção de ferir, propósito de ferir, de atingir alguém.
BY TÊMIS



O retorno à faculdade depois do carnaval foi marcado pela reunião dos alunos do primeiro período que precisavam organizar o trabalho de IED, o júri simulado, no qual, os principais personagens foram nomeados pela própria Dorothea.


Como continuavam a esconder a relação, Diana e Natália chegaram separadas à sala, onde a maioria da equipe já estava reunida trocando novidades sobre o feriado.


-- Então, estamos todos aqui já? Vamos começar? – Natália convocou.

-- Pensei em usar um caso conhecido, o que vocês acham? – Sheila sugeriu.

-- É você minha advogada? – Diana perguntou interessada.

-- Sim. – A menina respondeu sorrindo.

-- Então trate de escolher um caso onde a ré seja absorvida... – Diana brincou.

-- Você está nas melhores mãos Diana, não se preocupe.


O tom de flerte de Sheila despertou em Natalia a face insensata do ciúme, sua expressão mudou instantaneamente, fechou seu caderno com violência, descontando nele a raiva que sentia. Acabou por chamar atenção de todos com o gesto brusco.


-- Então Sheila, qual o caso que você tem em mente? Apesar de não concordar com a ideia, quero ouvir sua sugestão.

- Se você não concorda com a minha ideia por que não me diz outra melhor? – Sheila foi ríspida.


-- A melhor ideia é construirmos nosso caso, pegar um caso já julgado nos faz apenas encenar uma peça de teatro, e não estamos fazendo faculdade de artes cênicas.


-- Você quer isso por não querer perder o caso pra mim não é? – Sheila insistiu na rispidez.


-- Perder pra você? Sheila se enxerga! Pegar um caso pronto não tem sentido, assim como colocaremos em prática o que aprendemos? Só decoraremos falas! O sentido do trabalho é que estudemos, nos aprofundemos...


-- Garota você está louca? Estamos no primeiro período, no segundo mês de curso, o que aprendemos não serve nem pra entendermos a lei Áurea, que dirá falas de um inquérito de assassinato.


-- Meninas! Ei guardem toda essa energia para o tribunal! – Diana interveio. – Acho que faz sentido o que a caipira disse, mas não temos tempo para elaborar, precisamos apresentar na terça, e Dorothea será a juíza, estou condenada de todo jeito!


Todos riram concordando com Diana.


-- Precisamos distribuir os papéis de testemunhas e do júri. – Sheila disse.


-- Ótimo! Mas, que caso é esse que vamos encenar? – Natalia perguntou irritada.


-- O mais discutido na mídia atualmente, o caso Richthofen. Vamos antecipar o julgamento de Suzane.


-- Ei! Como espera me livrar de ter matado meus próprios pais? – Diana disse em tom jocoso. – Com um caso desses, Dorothea me manda pra cadeira elétrica, mesmo não existindo no Brasil, ela cria!



Mais uma vez, os colegas riram da loirinha.

-- Não se preocupe Diana, tenho minha estratégia de defesa montada, nem Dorothea condenará a inocente manipulada pelos irmãos Cravino, que você representará. Com esse seu rostinho angelical, não será tão difícil assim convencer o júri.

Sheila piscou o olho para Diana que retribuiu com um sorriso enfurecendo Natalia.

-- Já que está tudo acertado, a reunião está encerrada não é?

Natalia perguntou recolhendo seu material, enquanto os demais se distribuíam nas funções de testemunhas de defesa e de acusação, ficando a cargo do resto da sala a tarefa de júri. Saiu da sala encarando Diana faiscando ciúme dos sorrisos dela com Sheila.

-- Diana, você pode ficar mais um pouco? Pra combinarmos detalhes da defesa... – Sheila segurou o ombro de Diana que caminhava atrás de Natalia.

-- Eu... É que... – Diana gaguejou.


-- Se você preferir podemos marcar para mais tarde, na minha casa ou na sua se você tiver compromisso agora...

Diana ficou nervosa, bom a batida na porta violenta que Natalia deu. Fechou os olhos fazendo careta, realizando mentalmente a crise de ciúme que ia enfrentar quando encontrasse a namorada.

-- Sheila, eu só preciso dar uns telefonemas, e conversamos tudo bem?

Sheila acenou em acordo. Diana saiu apressada à procura de Natalia, a fim de evitar uma crise maior. Natalia descia a rampa disparada, trincando os dentes com o eco dos diálogos de Sheila e Diana em sua mente.

-- Natalia espera!

Diana a alcançou e pediu.

-- Pára, por favor! Preciso berrar pra fazer você parar?

-- O que é Diana? Por que você não está lá com a oferecida da Sheila? Ou por acaso marcaram em um lugar mais íntimo?

-- Dá pra você se controlar?

Diana arregalou os olhos repreendendo a namorada pelo escândalo.

-- Que se dane!

Natalia bradou. Diana segurou-lhe pelo braço e a arrastou para trás de uma escultura no campus.

-- O que deu em você? Quer que todos percebam o que há entre nós?

-- Isso seria ruim pra você né? Afinal não ia poder paquerar outras na minha frente!

-- Você está louca! Nat quem que eu paquerei? A Sheila é minha colega assim como sua também, estávamos fazendo um trabalho, ela só estava sendo gentil, raridade naquela sala.

-- Ah claro! Sendo gentil?! Ela estava praticamente tirando a roupa pra você comê-la ali mesmo!

-- Deixa de exagero Nat, ta bom, ela estava mesmo me dando mole, mas, você queria que eu reagisse como? Eu tenho uma reputação a zelar... Dispensar uma gatinha como ela assim de cara não pegaria bem...

Diana fez cara de safada, tentando quebrar a tensão do momento.

-- Então vá lá salvar sua reputação!

Natalia disse furiosa, os olhos verdes da morena cintilavam raiva. Diana segurou forte a namorada, a empurrou contra a escultura, olhou para os lados se certificando que não havia ninguém por perto, e tascou o beijo pacificador em Natalia.

-- Deixa de ser boba... Sou só sua.

O beijo deixou Natalia com as pernas bambas. Não só pelo medo de serem vistas, mas, principalmente pelo desejo que ele acendeu. O sorriso travesso e charmoso de Diana jogou por terra a postura de luta de Natalia, só se rendeu retribuindo o sorriso.

-- Vejo você mais tarde.

Diana saiu caminhando faceira, convicta que encerrara a questão, e que logo mais se aproveitaria do ciúme da namorada para apimentar as carícias. Natalia por sua vez, pensava: “estou ferrada, ela me domina”. Ainda com o gosto do beijo em seus lábios, Natalia caminhou para o ponto de ônibus, sem esconder o sorriso resultante de sua paixão por Diana, quando fora abordada mais uma vez de surpresa por Sandro.

-- Olha só quem eu reencontro finalmente! E dessa vez, sem nenhum mané pra atrapalhar!

Natalia fez menção de correr, mas foi impedida por Sandro que a segurou pela cintura, colou sua boca no pescoço da moça que a essa altura estava apavorada.

-- Agora você não me escapa gatinha...


Natalia esperneou tentando se desvencilhar dos braços de Sandro, mas, não teve sucesso. Reuniu suas forças e pisou no pé do rapaz que a largou imediatamente, enquanto a moça corria de volta para universidade. Sandro seguiu como se a farejasse e conseguiu alcançá-la antes que Natalia entrasse em um dos prédios, sem defesas foi arrastada pelo rapaz até o estacionamento, a relutância da garota não teve testemunhas, a faculdade estava com pouco movimento, após o feriado poucos cursos tinham aula e àquela hora a movimentação sempre era menor. Quando finalmente viu um grupo de estudantes se aproximando, Natalia pediu socorro, o que provocou ainda mais a ira de Sandro que a segurou pelos cabelos, e calou sua boca com as mãos.

As meninas se apressaram para chamar os seguranças do campus ao ver a cena, mas isso deu tempo suficiente para Sandro encontrar seu carro, jogar Natalia dentro dele e arrancar em alta velocidade dali.

Antes de sair do estacionamento, os seguranças avistaram o carro anotaram a placa e acionaram a polícia. Mas, Natalia não esperou o socorro aparecer, numa atitude desesperada, abriu a porta do carro quando Sandro diminuiu a velocidade para fazer uma curva e saltou.

Rolou pelo asfalto até o meio fio, do chão viu uma viatura da polícia parar, tonta e sentindo as dores no corpo, sentiu a luz sumir dos seus olhos, desmaiou. Foi levada de ambulância para o hospital mais próximo.

A notícia se espalhou pela universidade, as meninas que testemunharam a violência relataram aos policiais o ocorrido, assim como os seguranças do campus. Sandro não escaparia do processo, apesar de ter conseguido fugir da polícia naquele dia.
**********



Sheila se insinuava descaradamente para Diana, especialmente depois que ficaram sozinhas na sala, e esta se esquivava como podia, desviando o assunto todo tempo para o trabalho de IED.

-- Não estou te entendendo Diana. – Sheila falou intrigada.

-- O que você não está entendendo Sheila?

-- Seu comportamento! Até parece que você não...

-- Eu não... – Diana calou para que Sheila completasse.

-- Que você não gosta de mulher! Não é possível que eu tenha me enganado!

Diana ficou constrangida, em sua mente tentava formular um argumento que justificasse sua passividade às investidas da colega sem ser desagradável, dada a gentileza de Sheila ficar do seu lado no trabalho da professora que publicamente lhe manifestava desafeto.

-- Sheila me desculpe, sou meio desatenta com essas coisas, acredite! Você é linda, não tem nada com você, e não, não se enganou, mas, estou comprometida, desculpa.

-- Bom... Então nem tudo está perdido.

Sheila disse misteriosa.

-- Agora fui eu que não entendi.

-- Você disse que está comprometida, não disse que é comprometida... Uma hora esse estado muda.

Sheila deixou a sala depois de dar um beijo malicioso na bochecha de Diana. A loirinha caminhou até o estacionamento mais atordoada com a observação de Sheila do que com seu gesto ousado. Refletia sua própria capacidade de comprometer-se com alguém, e temeu pela primeira vez na vida, machucar alguém com sua imaturidade emocional para relacionamentos. Queria com Natalia um compromisso, não podia fazê-la sofrer, precisava cuidar dela e do sentimento que crescia entre elas como algo prioritário, sagrado.

Tudo que desejou foi correr para os braços da namorada, relembrando sua crise de ciúmes. Ligou para Natalia e estranhou a mensagem de celular desligado. No estacionamento, percebeu a movimentação atípica de policiais, seguranças e estudantes.

-- Aconteceu alguma coisa aqui? Assalto? – Diana perguntou a um dos estudantes que caminhava próximo ao seu carro.

-- Um cara que estava agredindo a namorada aqui, a menina pediu ajuda, enquanto os seguranças chegavam parece que ele a jogou no carro, e ela pra fugir dele pulou com o carro em movimento, algo assim.

-- Que covarde! Prenderam o cara?

-- Ele conseguiu escapar enquanto a policia socorria a moça que estava inconsciente. Agora estão tentando descobrir quem é o cara, estão colhendo depoimento de quem viu tudo.

-- A menina está muito mal?

-- Isso eu não sei.

Tocada com a história, Diana entrou no seu carro, antes de dar partida ouviu o celular tocar, na esperança que fosse Natalia, atendeu apressada.

-- Oi Luc! Já chegaram à Sampa?

-- Chegamos hoje de manhã. Escuta Di, estou precisando da sua ajuda, mais especificamente, da ajuda do seu pai, ou pelo menos do nome dele...

-- Lucas você sabe que odeio pedir ajuda pra meu pai, menos ainda usar o nome dele...

-- Diana você prometeu me ajudar com o lance daquele playboy perseguindo a Natalia! Por favor, não vacila agora!


Ao ouvir o nome da namorada, Diana sentiu um frio na espinha e com a fala apreensiva perguntou:

-- O que tem aquela história com isso?

-- Diana meu plano era outro, mas diante do que aconteceu...

-- O que aconteceu?

-- O Sandro atacou a Natalia no campus, ela ficou apavorada e saltou do carro dele em movimento, está muito machucada e inconsciente no hospital e o filho da mãe escapou do flagrante!


Diana sentiu suas forças sumirem, por pouco não soltou o telefone. Trêmula, pálida foi tomada por um medo indescritível de perda.

-- Diana? Di você está aí?

-- Oi Lucas...

-- Vai me ajudar? Você ainda está em Salvador não é? Só preciso de uma ligação do seu pai pra esse delegado resolver agir! Já dei o nome do Sandro aqui, levantei a ficha dele, mas o delegado é um burocrata de merda, falando de instauração de inquérito ainda...

-- Não... Eu já estou em São Paulo... Onde você está?

-- Na 21ª DP.

-- E ela? Como ela está?

-- Não sei dizer, o Pedro foi para o hospital ficar com ela, no caderno dela tinha o número do telefone da república, só por isso ficamos sabendo. Diana vai ajudar?

-- Vou ligar para meu pai.


Completamente perdida, Diana não sabia como agir. Há muito tempo não pedia nada a seu pai, apesar de na prática ser sustentada por ele. Mas, por Natalia faria qualquer coisa, sem pestanejar ligou para seu pai.


-- Alô pai?

-- Ora ora, se não é minha caçula me ligando? O que aconteceu? Torrou o dinheiro todo no carnaval e não tem como voltar pra casa?

-- Não pai, não é isso, já estou em São Paulo, estou precisando da ajuda do senhor.

-- Diana? Dizendo que precisa de ajuda? E da minha? Não esperava ouvir isso tão cedo.

-- Pai, não é pra mim, é para uma amiga. Em resumo, ela estava sendo perseguida por um cara daqui da faculdade, e hoje pela manhã ele a atacou, ela saltou do carro dele em movimento, está inconsciente, ele fugiu do flagrante, mas sabemos quem ele é, temos testemunhas, mas o delegado está fazendo corpo mole.

-- E você quer que eu dê um jeito nesse filho da mãe?

-- Pai não é isso que o senhor está pensando! Quero que ele pague na justiça o que fez, só preciso que o senhor dê uma forcinha pra esse delegado agir logo!

-- Você e essa tal de justiça! Um sujeito desses merece é ser castrado como meus bois!

-- Pai, por favor.

-- Vou atender seu pedido, me dê o nome desse delegado e o do distrito dele.

-- Vou dar o telefone do Lucas, ele está na delegacia, e coloca o senhor a par de todos os dados.

-- Quem diria que você me faria um pedido desses...

-- Pai se não fosse tão importante não apelaria pro seu poder assim.

-- Você desmerece meu poder, mas não tem noção do quão útil será pra sua vida ser minha filha.

-- Não preciso dessa utilidade pai. De qualquer forma, obrigada dessa vez.


Só Diana sabia o custo emocional que aquele pedido teve para ela, entretanto, isso era o que menos lhe afligia naquele momento. Ligou para Lucas imediatamente.

-- Dei seu telefone ao meu pai, ele vai lhe ligar para pegar informações, a partir daí, deixe que ele resolve. Em qual hospital a Natalia está?

-- No Hospital Universitário. Obrigada Diana, sei que não é fácil pra você...

-- Lucas, mantenha seu celular desocupado, até mais.

Diana desligou apressada, e arrancou com o carro para o Hospital, nada a impediria de ficar ao lado de Natalia naquele momento.
********



Pedro andava pelo corredor do hospital nervoso. Um misto de revolta e impotência aumentava a angústia que experimentava por nada poder fazer para ajudar Natalia. Não tinha nenhum contato da família dela, e se algo mais grave acontecesse? A falta de notícias parecia duplicar os segundos, transformando a espera em uma tortura silenciosa.

Diana chegou afobada, não escondendo a aflição:

-- Como ela está Pedro?

-- Diana?! Mas, o que você está fazendo aqui?

-- Visita de caridade! Responde Pedro!

-- Calma Diana... Não tive notícias dela, subiram com ela para fazer exames, ainda não me disseram nada.

-- E você fica aí parado? Não faz nada? Não foi atrás de notícias?

O tom revoltado de Diana obviamente espantou Pedro.

-- Diana o que está acontecendo? Você não suporta a Natalia, porque essa preocupação toda com ela?

A pergunta de Pedro trouxe à Diana a realidade da relação clandestina com Natalia.

-- Preocupação com vocês! Você e o Lucas que estão aí sofrendo por causa da caipira.

-- Não... Você está me escondendo algo...

Pedro conhecia muito bem Diana, dificilmente a amiga conseguia enganá-lo. Diana fugiu do olhar dele, nesse momento, um jovem médico surgiu:

-- Vocês são os amigos de Natália Ferronato?

-- Sim doutor, somos. – Pedro se apressou em responder.

-- Felizmente está tudo bem com ela. Alguns hematomas, escoriações, um corte mais profundo na região frontal além do abalo psicológico claro, mas, não houve fratura, nem traumatismo craniano, essa era nossa maior preocupação, mas, a ressonância nos tranquilizou.

-- Nós podemos vê-la? – Pedro perguntou ansioso.

-- Ela está com a psicóloga agora, está muito abalada, assim que puder receber visitas, peço para a enfermeira procurar vocês.

-- Obrigado doutor. – Pedro agradeceu seriamente.

Diana respirou aliviada, sentindo um peso sair do seu coração, agora lhe restara o desafio de convencer Pedro sobre os motivos de sua presença ali. Ponderou acerca das consequências de revelar o seu namoro com Natalia naquelas circunstâncias, mas, se vendo sem saída, uma vez que não estava disposta a sair do lado da namorada, julgou o mais apropriado contar a verdade.

-- Pedro, sobre eu estar aqui, a verdade é que...

Antes de concluir a frase, Diana olhou para o amigo que escorregava o próprio corpo na parede, deixando as lágrimas cobrirem seu rosto.

-- Pedro?

O rapaz se entregou a um pranto incontrolável, Diana simplesmente o acolheu em seu peito consolando-o.

-- Está tudo bem agora Pepê... Ela está bem.

-- Não sei o que faria se algo acontecesse a ela... Ela nem ao menos sabe, o quanto a amo...

Diana ouvia da boca de Pedro, aquilo que ela mesma repetia interiormente. A coragem de revelar a verdade se desfez, assim como a fortaleza do amigo. Escondeu as lágrimas, mas chorou junto com ele, angústias diferentes com um motivo comum. Depois de minutos, Pedro se recompôs e indagou:

-- Você ia dizer algo, antes de minha crise de bebê chorão... Você está de verdade por quê?

-- Por culpa. Tudo isso começou por causa da minha brincadeira no trote, se não fosse por isso, Sandro não teria feito as fotos dela...

-- Ei! Nem conclua esse pensamento! Aquele cara é um doente e criminoso! O que você fez foi uma brincadeira de mau gosto, mas, sei que não tinha intenção de causar mal a Natalia, você é incapaz de machucar alguém Di... Tem um coração enorme, tanto que pediu ajuda ao seu pai pra prender o Sandro.

-- Quem te disse?

-- O Lucas me ligou antes de você chegar. Por falar nele, vou ligar pra contar as novidades sobre o estado de Natalia.

Diana caminhou pelo andar, enquanto Pedro se afastava para ligar para o irmão. Sentia uma enorme culpa por esconder dos amigos seu namoro, mas, não tinha coragem de magoá-los com a verdade.

Um comentário:

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