sábado, 11 de dezembro de 2010

SOCIEDADE SECRETA LESBOS - OITAVO CAPÍTULO

Capítulo 8



Algum tempo depois, Amy despertou. Talvez, nem tenha se passado tanto tempo assim, ainda ouvia o barulho da música e a movimentação de pessoas no jardim.

Descalça ainda, colocou a máscara e saiu pela festa buscando à morena que a enlouquecia. Foi até o jardim, depois no quintal, viu casais se pegando. Viu irmãs atracadas com outras nas portas dos quartos quando voltou ao seu, mas nada de Esther.

Pensou que certamente Esther estava catando alguma menininha... Sentiu tristeza, ciúme, revolta... Subiu mais um andar, na esperança de encontrar Laurel já em seu quarto. Quando chegou ao segundo andar, ainda nas escadas ouviu um som de música não compatível com a que tocava na festa, era suave. Levada pela curiosidade, foi subindo mais um lance de escadas em direção ao terceiro andar, o domínio de Esther.

Seguiu para o salão da cobertura, viu a morena sentada junto ao piano, concentrada na música que tocava. A loirinha aproximou-se com passos calmos, lentos, a fim de não interromper nem a canção, nem a concentração de sua irmã guia. Pôde notar nos olhos de Esther uma lágrima prestes a cair, ficou tocada com a imagem. Talvez por isso, ficou mais nervosa, acabou tropeçando em um puf, chamando a atenção da morena.

-- Desculpa, Esther, não quis interromper...

-- Shii... Vem cá...

Esther tinha outra expressão, mais calma. Isso fez com que Amy caminhasse em sua direção, sem medo. A morena a puxou pela cintura, posicionando-a entre ela e o piano, o corpo de Amy deslizou pelas teclas até sua barriga ficar na altura da boca de Esther, que permanecia sentada no banco.

As mãos de Esther subiram por baixo da capa que cobria Amy, desatou os laços do vestido, deixando a loirinha apenas de calcinha. O corpo da novata tremia inteiro sentindo as mãos quentes da morena que percorriam a pele alva e macia com um tesão quase pulsante.

Esther comia Amy com os olhos, seu olhar deixava a loirinha ainda mais excitada. Assim, entregava-se às mãos da morena, oferecendo ainda mais sua barriga e pernas.

Os lábios de Esther se uniram àquela pele que de tão arrepiada parecia suplicar um contato mais íntimo, e quando isso enfim se concretizou, Amy jogou seu corpo para trás num gesto de entrega. Percebendo isso, Esther se levantou e se deliciou entre os pequenos seios firmes da loirinha, que gemeu alto em resposta ao prazer que aqueles lábios estavam lhe dando.

Amy, então, colocou seus dedos em meio às madeixas negras de Esther puxando sua cabeça para junto de seu rosto. A morena mordia seus próprios lábios explodindo de vontade de tomar a boca de Amy. O contato dos olhos das duas faiscava de desejo até se entregarem, enfim, lábios, bocas, línguas, se unindo em um só movimento sincronizado, molhado, ardente.

O corpo de Esther se curvava ainda mais sobre o da novata, extraindo som das teclas do piano. A morena segurou firme nas nádegas de Amy, suspendendo seu corpo. A loirinha imediatamente envolveu suas pernas na cintura de Esther. Não separando suas bocas, a veterana levou Amy até o sofá de couro deixando seu corpo cair sobre o dela.

Amy não conseguia manter um compasso em sua respiração, seu coração parecia romper sua carne tamanha era a pulsação em seu peito. Nunca experimentara aquele conjunto de sensações prazerosas, ela só sabia que seu desejo era demais, queria muito mais de Esther, e seus olhos diziam isso.

Olharam-se por alguns segundos, um sorriso verdadeiro surgiu nos lábios de ambas, depois, entregaram-se novamente a um beijo urgente, quente. Esther alternava o beijo com pequenas mordidas nos lábios de Amy, sugava sua língua como se fosse a fruta mais saborosa de estação, enquanto as mãos da novata exploravam cada curva do corpo latino definido, por baixo do vestido que Esther se esforçava para tirar, se entregando ao toque delicado e quente de Amy.

Os corpos de ambas estavam colados, nus, sentindo o calor que emanava de cada uma. Esther movimentava seus quadris entre as pernas de Amy, roçando os sexos molhados. A loirinha tentava acompanhar aqueles movimentos até que eles ficaram sincronizados, no início lento, depois mais forte, mas em um ritmo absolutamente incrível. De tão intenso, os gemidos se propagavam naquele ambiente abafando qualquer outro barulho externo.

A morena desceu uma de suas mãos penetrando dois dedos no sexo encharcado de Amy. Com o peso de seu corpo, continuou a penetração alternando entre estocadas leves e superficiais, com algumas mais profundas e fortes. Num frenético vai-e-vem, as duas atingiram o ápice.

Esther deitou-se sobre Amy que a abraçou na tentativa de recuperar seu fôlego, ainda sentindo suas pernas trêmulas. Acariciou seus cabelos negros macios, enquanto a morena ouvia a batida acelerada do coração da loirinha com sua cabeça junto ao peito.

Ficaram ali, alguns minutos, abraçadas, sem nada dizer. Amy nunca esperou que o sexo com uma mulher fosse tão intenso, tão prazeroso, tão completo. Não tinha uma larga experiência sexual com rapazes, mas nunca gozou daquela forma, muito menos, desejava tanto alguém como a Esther.

A morena, pelo contrário, conhecia o que era sentir e dar prazer a uma mulher, mas o desejo por Amy era mais do que físico. Tomar aquele corpo e estar nos braços dela era uma sensação inédita de conforto, de bem-estar, um prazer que se estendia desde o sexo incrível que tiveram, até aquele momento de tranquilidade entre seus corpos que se procuravam com carinho e excitação.

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